TICAL2016 entrevista: Jussara Issa Musse

jussaraBrasil e Argentina podem até ser rivais no âmbito esportivo, mas no que diz respeito a TICAL2016 a tônica dos dois países é a da colaboração. Na Conferência deste ano, que será realizada entre os dias 13 e 15 de setembro, em Buenos Aires, foi dada a uma brasileira a responsabilidade de presidir o Comitê de Programa.


É Jussara Issa Musse, diretora de TI da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e nossa primeira convidada na série de entrevistas de TICAL2016. Nessa conversa, Musse comenta a escolha de Buenos Aires para ser a sede da Conferência, fala sobre suas expectativas para o evento e alerta sobre a necessidade de fazer a colaboração regional acontecer. “Precisamos sair da nossa zona de conforto, olhar para fora e participar”.

Em resumo, quem é a presidente do comitê de programa de TICAL2016?

Sou Jussara Issa Musse, brasileira e diretora de TI da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Estou nesta função desde 1996. Sou da geração que viveu a transformação do processamento de dados em tecnologia da informação, a chegada da internet e das redes sociais. Sou formada em Engenharia Elétrica e comecei trabalhando no desenvolvimento de hardware; depois migrei para a área de rede e suporte antes de me tornar diretora.

O que podemos esperar dos trabalhos e do programa de TICAL2016? E o que lhe pareceu a escolha de Buenos Aires para ser sede do evento?

Podemos esperar muita qualidade. A cada ano, TICAL cresce em importância e a participação das Universidades é ampliada. Por exemplo, o Brasil sempre teve uma participação muito tímida, mas em 2015 houve uma grande presença brasileira. Isto se dá pela rica experiência que é participar de um encontro como este. Este ano temos mais um atrativo, que é Buenos Aires, um centro cultural e uma cidade linda, de fácil acesso, com suas livrarias, vinhos e restaurantes.

Como você avalia o desenvolvimento das TIC e das redes avançadas nesses últimos anos? E qual tem sido importância de TICAL nesse processo?

As atividades de ensino, pesquisa e de gestão dependem cada vez mais das TIC. E isto impulsiona o seu desenvolvimento e atualização, pois a vida da Universidade, dos seus alunos e pesquisadores é irrigada por ela. As redes avançadas, obviamente, estão inseridas neste contexto. Assim, TICAL tem sido um fator importante ao mostrar a diversidade da atuação das áreas de TI dentro da Instituição e os relatos de experiências inovadoras e desafiadoras para todos nós. Um outro aspecto muito importante da Conferência é a difusão e o incentivo do debate sobre gestão e governança de TI. Estes temas foram inseridos na pauta de todos os diretores.

TICAL busca, entre outras coisas, fomentar a colaboração TIC entre os países latinoamericanos. Em sua opinião, quais são os principais desafios e oportunidades que temos para alcançar um nível satisfatório de cooperação entre as instituições de nossa região?

A participação nas Conferências anteriores mostrou que os problemas e dificuldades são similares nas Universidades. Há muitas e múltiplas possibilidades para cooperação. Por que é difícil que ocorra? Esta pergunta está sempre comigo. O que nos impede de colaborar? Entendo que o desafio está nas pessoas; nós estamos mergulhados no dia a dia das nossas Instituições e somos consumidos neste fazer. Precisamos sair da nossa zona de conforto, olhar para fora e participar. A colaboração só acontecerá se nós fizermos ela acontecer.

Mande um recado aos interessados em participar da Conferência. Porque eles devem ir?

Queremos que todos os colegas participem do TICAL, para ampliar sua rede de relacionamento, conhecer novas experiências e desfrutar da cidade de Buenos Aires. Venham, pois estamos preparando uma surpresa!

Organizadores TICAL2016:

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