Guillermo Tamarit: “Esperamos enriquecer nossa perspectiva em relação às TIC e agregar conhecimento para nossos futuros projetos”

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O incrível de eventos como TICAL é a qualidade dos participantes que, provenientes de distintos setores do trabalho acadêmico, se envolvem para fazer da Conferência um encontro ainda maior. A edição 2016 não será diferente e estarão presentes no Centro de Eventos Golden Center, em Buenos Aires, autoridades como o Dr. Guillermo Tamarit, presidente do Conselho Interuniversitário Nacional (CIN) da Argentina e nosso entrevistado de hoje.

Desde março à frente do organismo que trabalha na coordenação de políticas e estratégias de desenvolvimento universitário e na promoção de atividades para o sistema público de educação superior na Argentina, Tamarit participará pela primeira vez em TICAL. Nesta conversa, ele nos conta um pouco sobre suas expectativas para o evento, sobre a importância das TIC no desenvolvimento das universidades na Argentina e sobre como ele crê que a Conferência pode potencializar esse processo. (Foto: Ramiro Pereyra - La Voz)

Quem é o Dr. Guillermo Tamarit?

Olá! Sou o reitor da Universidade Nacional do Noroeste da Província de Buenos Aires (UNNOBA), com sede central em Junín, pelo período 2015/2019, e presidente do Conselho Interuniversitário Nacional (CIN), desde março de 2016.

Como o senhor avalia o estado do desenvolvimento das TIC nas universidades argentinas neste momento da história? E qual é sua visão com respeito à importância delas para o pleno crescimento do trabalho acadêmico?

Nas universidades públicas argentinas, as TIC se encontram em permanente estado de mudança e atualização. Seu desenvolvimento busca não somente acompanhar o estado do setor, mas fazê-lo com um postura crítica, de permanente análise, que permita optar pela alternativa mais adequada para responder aos requerimentos sempre crescentes da comunidade universitária tanto nos âmbitos acadêmico e científico, quanto no que se refere à gestão.

A partir de uma educação superior num país com ampla geografia e um desigual desenvolvimento de infraestrutura, o sistema universitário argentino tem buscado compensar permanentemente essa brecha a partir da promoção de espaços em todo o território e da busca por assegurar serviços, independente da localização. Isto se materializa através do desenvolvimento de uma rede universitária nacional que tem como uma de suas premissas oferecer a melhor conectividade disponível dentro de um sistema colaborativo e cooperativo em quanto ao suporte econômico. Nesse sentido, a Associação de Redes de Interconexão Universitária (ARIU), o Ministério de Educação da Nação e o conjunto das instituições públicas universitárias facilitam o desenvolvimento de um empreendimento de suporte à gestão universitária, com programas próprios e uma permanente adaptação aos requerimentos. O CIN é, nessa linha, responsável pelo Sistema de Información Universitaria (SIU).

O processo de acreditação dos cursos, levado adiante pela Comissão Nacional de Avaliação e Acreditação Universitária (CONEAU), com o permanente acompanhamento dos reitores das casas de estudo, permitiu detectar e priorizar áreas vinculadas às TIC com alto impacto no processo de ensino-aprendizado, o que facilitou o desenvolvimento de ferramentas e a aquisição de equipamentos e serviços.

Um exemplo disso é a cobertura alcançada com os serviços de videoconferências, que permitem não somente chegar aos lugares mais distantes, mas também assegurar a infraestrutura necessária para a realização de pós-graduações colaborativas (dadas por várias instituições universitárias em conjunto e que outorgam títulos compartilhados) ou grupos de pesquisa distribuídos.

No CIN estimulamos que os reitores acompanhem os investimentos em equipamentos e serviços que assegurem, também, contar com pessoal capacitado que tenha a possibilidade de escolher permanentemente entre as distintas opções que o mercado e a oferta tecnológica em geral oferecem. Este último é especialmente importante, uma vez que a sociedade espera que os espaços universitários financiados pelo Estado se tornem referências e assegurem que as opções feitas colaborem com um país cada vez mais livre, independente e equitativo.

Nesse contexto, TICAL se estabeleceu como o principal encontro TIC de nossa região e um espaço fundamental para a troca de boas práticas na área. Essa será sua primeira vez na Conferência? Quais são suas expectativas?

Pessoalmente não participei das edições anteriores. No entanto, por meio da participação do sistema universitário argentino, foi possível acompanhar a evolução de TICAL desde sua primeira edição, no Panamá. Agora, esperamos que o fato de sermos sede facilite a participação dos argentinos. Esperamos enriquecer nossa perspectiva em matéria de TIC e agregar conhecimento para nossos futuros projetos.

Como o CIN e as universidades argentinas estão se preparando para participar e contribuir no evento?

O CIN valoriza muito o trabalho de TICAL e seus encontros anuais, além dos espaços de trabalho criados nos últimos anos. Por isso, agradecemos a oportunidade de ser a sede da reunião em 2016. Estamos trabalhando para divulgar TICAL, não somente no âmbito público, mas também nas universidades particulares e no restante do ambiente científico e acadêmico do país.
Entidades vinculadas às universidades e ao CIN, como a Associação de Redes de Interconexão Universitária (ARIU) favorecem a participação e contribuem, como já feito em edições anteriores, com apoio econômico para os expositores e em particular com alguns dos custos de viagem de vários dos representantes universitários.

Buenos Aires é, sem dúvidas, uma das cidades mais interesantes do mundo, conhecida por sua cultura e boa comida. Que sugestão o senhor dá àqueles que buscarão conhecer a cidade no tempo livre?

Recomendamos passear pelo centro da cidade e conhecer os museus. Muitas atividades são oferecidas de forma permanente num raio de poucos quilômetros ao redor do microcontro portenho. Em relação à gastronomia, Buenos Aires oferece um leque de opções dos mais variados. Aqueles que estão interessados em provar do “Asado argentino” podem fazê-lo nos diferentes restaurantes da zona do Puerto Madero.

Organizadores TICAL2016:

RedCLARA
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